A Síndrome do Imobilismo é comum em idosos, e consiste no estado em que o indivíduo vivencia limitações físicas do movimento, decorrente de um desequilíbrio entre repouso e atividade física, ou seja, alterações que ocorrem no indivíduo que se encontra acamado há um longo período de tempo. De 12 a 15 dias acamado já é considerado imobilismo.
Os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas cardiorespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinais, urinário, muscular, esquelético e neurológico. Sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores pré existentes de cada paciente.
O imobilismo, por si só, é uma causa de morbidade no idoso, sendo que completo imobilismo pode levar a perda de 5 a 6% de massa muscular e de força por dia.
Essa Síndrome pode ser causada por diversos fatores, como psicológicos (depressão, demência, medo de quedas), sociais (isolamento social, restrição física, falta de estímulo) e físicos (osteoporose, fraqueza muscular, insuficiência venos), ou mesmo quando a pessoa idosa precisa ficar imobilizada, devido uma queda, resultando em uma fratura.
O repouso beneficia a região lesada, mas seu prolongamento prejudica o resto do organismo. É identificada em casos de déficit cognitivo de médio a grave, multiplas contraturas, e também, em critério menor, quando observa-se sinais de sofrimento cutâneo ou ulceras de pressão, disfagia leve a grave, dupla incontinência ou afasia.
Os cuidados com o idoso acamado consistem em:
1 - Estimulação da mobilidade;
2 - Evitar restrição ao leito;
3 - cuidado com o toque (firmeza mas sem machucá-lo);
4 - Diminuir a dor e o desconforto;
5 - Realizar trocas posturais constantes;
6 - Posicionar corretamente com o uso de coxins;
7 - Quando possível, peça ajuda a outra pessoa;
8 - Não alimente o idoso deitado e nem com extensão ou rotação do pescoço;
9 - Caso o idoso esteja esgasgando, sente-o, e evite alimentos mais líquidos;
10 - Evite a posição em flexão das articulações;
11 - Faça mobilizações articulares constantes;
12 - Trocas constantes de fraldas;
13 - Manter a pele sempre seca e hidratada;
14 - Deixar os lençóis sempre esticados e sem restos alimentares;
15 - Não fazer fricção durante as transferências;
16 - Evitar o cisalhamento;
17 - Hidrate-o sempre.
Tratamento Fisioterapêutico:
- Estimular a movimentação no leito e a independência nas atividades.
- Estimular a deambulação (caminhada).
- Prevenir complicações pulmonares.
- Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas.
- Promover um padrão respiratório mais eficaz.
- Evitar complicações circulatórias.
- Reduzir a dor.
- Manter força muscular e a amplitude de movimentos com exercícios. Ex: Isômetricos, metabólicos, ativo-resistidos e passivos.
- Evitar encurtamentos musculares, atrofias e contraturas.
- Melhorar mobilidade e flexibilidade, coordenação e habilidade.
- Promover relaxamento.
- Prevenir e tratar o edema (inchaço) que pode ocorrer como conseqüência da patologia de cirurgias ou da imobilização no leito.
- Promover a reeducação postural.
- Promover a conscientização corporal.
Talita Castelani
Coordenadora Geral
Equipe Home & Health Reabilitação